Abstract:
Ao longo dos anos, com o envelhecimento da população e a inversão da pirâmide etária em muitos países do mundo, cada vez mais tem ocorrido preocupações relacionadas aos hábitos de vida, principalmente no tocante aos aspectos vinculados à prática de atividades físicas como provável fator atenuante para os riscos de doenças do aparelho circulatório, em especial as doenças cardiovasculares. O objetivo dessa pesquisa foi de evidenciar o impacto das políticas públicas em saúde nos hábitos de vida de indivíduos com idades entre 18 e 70 anos, ao longo de 10 anos, nas cidades de São Paulo - SP e Rio de Janeiro - RJ, especialmente com relação à realização de atividades físicas, calculando os custos relacionados às internações decorrentes das DCV, além do número de óbitos ocorridos no período. A metodologia empregada se baseou no número óbitos ocorridos nas mesmas faixas etárias nas capitais de referência, no período de 2008 a 2017, ocasionados por doenças do aparelho circulatório, que foram por meio de dados obtidos a partir dos Capítulos da CID-10, identificados através do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) das Secretarias de Saúde Pública de cada estado correspondente, nas capitais elencadas para a pesquisa, foram comparados através de taxa ajustada dividido por faixa etária. A partir da análise estatística com o software Sigma Plot 14.5, foram feitos cálculos de correlação entre os dados relacionados à prática de atividades físicas, taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório e internações ocorridas pela mesma patologia. Como resultados verificou-se que há redução na taxa de mortalidade, quando há aumento na prática de atividades físicas, porém, existiu também um aumento no custo com internações no SUS e diminuição no percentual de portadores de planos de saúde. Com base nos resultados observados, e considerando as políticas públicas e custos relacionados às internações hospitalares na rede pública de saúde, houve a possibilidade de identificar um aumento dos investimentos em serviços de saúde, assim como uma elevação significativa na incidência de indivíduos que evoluíram à óbito por doenças do aparelho circulatório na década estudada.