Abstract:
A ocupação do espaço urbano de forma desordenada causa problemas para as pessoas se deslocarem, dificultando a realização de suas atividades cotidianas. A proposta de inovadora das cidades inteligentes sugere como alternativa que a mobilidade empregue a tecnologia e a sustentabilidade em prol de melhores condições de vida para as pessoas. Neste contexto, a presente pesquisa buscou compreender como o processo de seleção de projetos contribui para criar essa "mobilidade inteligente", a partir do caso da cidade de São Paulo, avaliada como a mais inteligente em termos de mobilidade em rankings que avaliam as smart cities. Assim, foi adotada a pesquisa qualitativa exploratória, com análise de dados obtidos por meio de entrevista em profundidade e documentos. Ao desenhar os processos, e empregar a abordagem grounded theory, formou-se a base necessária para compreender como a mobilidade inteligente é criada a partir dos projetos realizados pela cidade, confrontando o senso comum e a teoria. Com base nos dados obtidos da pesquisa de campo, formulou-se uma proposta de modelo de estratégia em projetos, cuja fundamentação está na relação entre inovação, sustentabilidade, tecnologia e otimização de recursos, ilustrada em um "tetraedro". O plano diretor e o plano de mobilidade resultam nos critérios técnicos que definem o escopo dos projetos de mobilidade, gerando atributos que elevam a cidade no ranking das cidades inteligentes. As condições que criam um contexto social favorável ao desenvolvimento de tecnologias, bem como o surgimento de inovações, associado a iniciativas da prefeitura, também contribuem para esse resultado, e foram observados no estudo. Dessa forma, a criação do valor inteligente, surge a partir da associação da TIC aos processos, otimização dos recursos, de forma a criar a inovação para melhorar as condições de vida dos cidadãos de modo sustentável.